Rachadinha
O juiz da Vara da Fazenda Pública de Telêmaco Borba (PR), Elessandro Demétrio da Silva, se tudo ocorrer como deve ser, decidirá em pleno período eleitoral o futuro do prefeito da cidade, Márcio Artur de Matos (PSD), da vice-prefeita, Rita Araújo (PSD), e de outros membros da administração municipal, como o secretário-geral do gabinete, Rubens Benck, suspeitos de praticar “rachadinha” – um esquema em que servidores nomeados eram obrigados a devolver parte de seus salários para financiar campanhas políticas.
Desvio de finalidade
A ação popular foi movida por Renan Vidal da Silva, que alega que as nomeações foram feitas com desvio de finalidade – o que tornaria os atos administrativos nulos. A prática foi confirmada em depoimentos de secretários municipais, incluindo o secretário de administração, Izomar Pucci, ao Ministério Público. A defesa dos acusados alega que as suspeitas são infundadas e têm motivação política.
Na decisão em que deferiu parte dos pedidos feitos pelo autor da ação, o juiz Pedro Toaiari de Mattos Esterce escreveu que, “de fato, consta do sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral que Izomar de Oliveira Pucci promoveu doação no valor de R$ 12.000,00 para a campanha de Márcio Artur de Mattos. O mesmo valor foi doado por Rubens Benck. O valor representa, exatamente, 48 parcelas de R$ 250,00, valor que o Secretário Izomar declarou doar. Da mesma forma, Paulo Rogério Gomes doou R$ 8.000,00; e Reginaldo Lapa dos Santos contribuiu com R$ 7.000,00”,revelou a Folha de Telemaco Borba e Parana Portal nesta quarta feira.