Cristina Graeml critica imprensa, fala sobre o futuro e propõe CPI para investigar institutos de pesquisa

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Em entrevista franca ao programa Sem Rodeios, da Gazeta do Povo, a jornalista e ex-candidata à prefeitura de Curitiba Cristina Graeml (PMB) comentou sua campanha e avaliou o cenário político local e nacional. Com 390 mil votos, Cristina ficou em segundo lugar nas eleições e não poupou críticas ao prefeito eleito, Eduardo Pimentel (PSD), e à imprensa curitibana. Na entrevista, ela ainda sugeriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa.

Desde que saiu da Gazeta do Povo, em abril de 2024, Cristina se dedicou integralmente à campanha, que descreveu como um “desafio” por disputar com o candidato Eduardo Pimentel. Ela classificou o embate como uma “canalhice e covardia desses homens contra uma mulher”. A jornalista também comentou que teria sido “vítima de uma indústria de calúnias”, especialmente após seu plano de revisão do sistema de tarifas de ônibus, que, segundo ela, gerou resistência e críticas da imprensa.

Sobre seu vice, Jairo Aparecido Ferreira Filho, Cristina criticou a imprensa por divulgar informações falsas sobre ele, embora ele realmente tenha sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a restituir R$ 90 mil em um caso de quebra de contrato. A ex-candidata ainda afirmou que Pimentel teria escondido alianças com a esquerda, inclusive com o PT, que declarou neutralidade logo após o primeiro turno.

Depois de alcançar 42,69% dos votos e marcar presença no segundo turno, Cristina destacou o crescimento de sua campanha e sugeriu uma CPI nacional para investigar o que considera irregularidades nos institutos de pesquisa. Ela insinuou que sua oposição teria influenciado os institutos para omitir seu desempenho nas pesquisas iniciais.

Futuro político e reuniões estratégicas

Cristina anunciou que, após uma breve pausa, voltará à ativa na próxima semana para reuniões com diversos políticos. Ela afirmou que já recebeu convites de líderes de vários partidos, incluindo alguns que apoiaram Pimentel no segundo turno. Para ela, o capital político conquistado em Curitiba é algo que “não se deve desprezar”. As especulações sobre uma candidatura de Cristina à Câmara dos Deputados ou até ao Senado para as eleições de 2026 já circulam, e a ex-candidata disse estar “preparadíssima” para novos desafios.

Cristina também aproveitou para comentar sobre a postura neutra do presidente estadual do PMB, Irineu Carlos Fritz, no segundo turno. Para ela, tal posição não representa o sentimento de apoio expresso por muitos eleitores. Ela ainda comparou sua conquista em Curitiba ao feito da deputada Gleisi Hoffmann (PT), até então uma das figuras femininas de maior destaque no Paraná.

Desafios para a nova gestão

No final da entrevista, Cristina fez questão de lembrar os curitibanos de cobrarem de Eduardo Pimentel sua promessa de criar dez mil vagas em creches, zerando a fila de espera, até o final de 2024.

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