O Juiz Max Paskin Neto, figura de destaque na comunidade de Mandaguari, comunicou nesta segunda-feira (21) que foi aplicada a sanção de aposentadoria compulsória em seu desfavor, conforme decisão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) nº 129915-94.2021.8.16.6000, julgado no último dia 14 de outubro. A penalidade, prevista no Art. 42 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN), é resultado de uma investigação derivada dos mesmos fatos que ensejaram sua condenação criminal nos Autos nº 0055738-88.2019.8.16.0000, a qual está sendo objeto de recursos que ainda aguardam julgamento.
Paskin Neto, que atuou por mais de uma década como magistrado no Paraná, sendo os últimos oito anos na Vara Cível e Anexos de Mandaguari, manifestou seu agradecimento à comunidade, aos advogados e aos serventuários da Justiça que demonstraram apoio durante esse período desafiador. “Fiquei comovido com o carinho demonstrado através de várias manifestações e movimentações em meu favor”, declarou o juiz, destacando a relação de respeito e confiança construída ao longo dos anos com os cidadãos mandaguarienses.
Carreira dedicada à magistratura
Max Paskin Neto ingressou na magistratura em 2011, como juiz substituto na Comarca de Campo Mourão, atendendo simultaneamente as comarcas de Mamborê, Barbosa Ferraz e Peabiru. Em 2012, assumiu a titularidade da Comarca de Palmital, onde foi agraciado com o título de Cidadão Honorário. Posteriormente, foi transferido para Paranavaí e, em 2016, chegou à Comarca de Mandaguari, onde atuou até a recente decisão.
Além de sua carreira jurídica, o juiz também se destacou como autor de obras literárias, publicando livros sobre temas como liberdade de expressão e o papel do Estado. Entre suas obras mais conhecidas estão “O direito de ser rude: Liberdade de expressão e imprensa” e “O Esquadrão Suicida da Justiça: de um sonho de liberdade ao pesadelo do estado policial”. Essa produção literária reflete seu comprometimento com questões fundamentais de direitos e garantias, tanto no exercício da magistratura quanto fora dela.
Futuro e despedida
Max Paskin Neto continuará atuando na Comarca de Mandaguari nas próximas semanas, até a publicação e trânsito em julgado da decisão que oficializará sua aposentadoria compulsória. Ele reforçou seu compromisso com a comunidade e garantiu que, mesmo após deixar o cargo, permanecerá à disposição para ajudar no que for necessário.
A despedida do juiz ocorre em um momento de grande comoção, tanto entre advogados quanto entre a população local, que expressou apoio e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos. O magistrado reiterou seu desejo de que a comunidade continue recebendo o mesmo nível de atendimento com a chegada do novo juiz que assumirá sua competência.
