PM vira réu por agressão a mulher em Itambaracá; defesa promete rebater acusações

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O cabo da Polícia Militar (PM) Jader Aparecido Camilo tornou-se réu por lesão corporal e falsidade ideológica após agredir uma mulher em Itambaracá, no norte pioneiro do Paraná. O incidente ocorreu no dia 24 de agosto deste ano.

A defesa de Jader afirmou que “a acusação será rebatida na instrução processual, uma vez que a investigação se baseou em um trecho de vídeo descontextualizado dos fatos”. A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça nesta sexta-feira (18).

A vítima foi agredida enquanto estava em um bar com amigos. Jader e outro policial chegaram para atender uma situação de perturbação de sossego. Um vídeo gravado por uma testemunha mostra o PM xingando e mandando abaixar o volume do som. Em outro trecho, após uma discussão, Jader dá dois tapas e chuta a mulher. A vítima também foi arrastada, jogada na calçada e teve os cabelos puxados. Após o ocorrido, Jader foi afastado da corporação e transferido para outra função.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que ele permanece afastado. Segundo o Ministério Público, Jader não mencionou as agressões e os xingamentos no boletim de ocorrência, o que foi considerado uma tentativa de alterar a verdade e ocultar o crime.

A conduta do policial foi investigada em um Inquérito Policial Militar (IPM), que concluiu que ele cometeu uma “transgressão disciplinar”. Além disso, Jader responde a outro processo por agressão contra uma mulher.

Para a Promotoria, o outro policial que participou da abordagem, cabo Eduardo José Pereira, não impediu as agressões. O Ministério Público propôs um acordo de pagamento de R$ 1.980 para que ele não responda a uma ação judicial.

Em entrevista, a mulher agredida relatou que a violência física e psicológica que sofreu será inesquecível. “Não dói tanto os ferimentos, não dói tanto os machucados. Dói mais o que fica na mente, o que a gente passa. Eu nunca passei por uma situação dessa e eu acho que eu também nunca mais vou esquecer”, afirmou a jovem.

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