Com a alta rejeição ao PT e ao PC do B em Mandaguari, Romualdo Batista, conhecido como Batistão (PV), decidiu se distanciar dessas siglas em sua campanha. Ele faz parte da Federação Brasil da Esperança (FE BRASIL), que reúne o PT, o PC do B e o Partido Verde. A estratégia dele é usar materiais de campanha na cor verde e focar na ideia de pessoas e propostas, em vez de se identificar com os partidos.
Essa tática não é nova. Em 2016, Batistão era filiado ao PT e enfrentou uma grande rejeição por causa dos escândalos que envolviam o partido na época. Com pesquisas mostrando que sua candidatura pelo PT não era viável, ele migrou para o PDT, um partido de esquerda que não atrai tanta atenção negativa. Essa mudança funcionou bem para ele.
Atualmente, porém, a política está mais ideológica. Os eleitores olham de perto as filiações partidárias e os aliados políticos. Batistão tem o apoio de figuras como Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná, e Enio Verri, diretor geral da Itaipu. Essa associação pode complicar ainda mais sua imagem, já que o PT enfrenta grande rejeição na cidade.
Esse descontentamento ficou claro nas eleições gerais de 2022, quando Jair Bolsonaro (PL) recebeu 58,92% dos votos, enquanto Lula obteve apenas 33,02% em Mandaguari. Com esse cenário, Batistão terá um grande desafio pela frente: conquistar a confiança do eleitorado e desvincular sua candidatura da imagem negativa do PT e da federação que integra.