Nesta quarta-feira (16), o senador Sergio Moro (UNIÃO-PR) respondeu às críticas do deputado estadual Ney Leprevost (UNIÃO-PR) em sua conta na rede X (antigo Twitter), abordando o resultado das eleições para a prefeitura de Curitiba. Leprevost havia declarado que Moro “atrapalhou bastante” sua campanha, na qual Rosângela Moro (UNIÃO-PR), esposa do senador, foi candidata a vice-prefeita.

Leprevost afirmou que, a partir do momento em que Rosângela se tornou sua vice, Moro passou a agir como se ele fosse um “fantoche” do senador, gerando estresse na campanha. “Ele começou a achar que o candidato era ele. Aí começou a ter um estresse. Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão, mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo,” declarou Leprevost. Ele acrescentou que, apesar de considerar Rosângela “uma querida”, a presença de Moro na campanha acabou gerando rejeição, pois ele é visto em Curitiba como “o carrasco do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) e o traidor do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (Bolsonaro).”

Moro, por sua vez, destacou que sua contribuição à campanha foi limitada, já que nem ele, nem sua esposa, nem a direção nacional do partido puderam influenciar efetivamente no andamento da candidatura. “O problema é que a população não aguenta mais a velha política de candidatos que se apresentam sem posições claras. Ney aventurou-se na busca por eleitores de todos os lados e, junto com seu irmão, recebeu nas urnas o que merecia,” declarou Moro, repudiando os ataques pessoais feitos por Leprevost e enfatizando que o povo de Curitiba já havia dado um recado nas urnas.
Ney Leprevost, que teve Rosângela Moro como vice, obteve 60.675 votos, correspondendo a 6,49% dos votos na eleição realizada em 6 de outubro. Agora, a disputa pela prefeitura de Curitiba segue para o segundo turno, que acontecerá no dia 27 de outubro, com Eduardo Pimentel (PSD-PR) e Cristina Graeml (PMB-PR) como candidatos.
O senador também comentou sobre Alexandre Leprevost (UNIÃO-PR), que foi eleito vereador pela primeira vez em 2020 pelo Solidariedade, recebendo 4.385 votos. Nesta última eleição, Alexandre aumentou sua votação para 8.655, mas não conseguiu a reeleição, ficando como primeiro suplente.

A situação política em Curitiba continua a gerar discussões intensas entre candidatos e suas bases de apoio, à medida que se aproxima o segundo turno.